segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma mulher bem sucedida



Talvez eu diga que não sou fã dela por inveja. Afinal ela é uma escritora reconhecida mundialmente, muitíssimo bem sucedida e eu na verdade sou apenas uma leitora de livros, nunca ninguém me deu habilitação para criticá-los, mas como faz parte da minha personalidade dar palpite, amar, odiar, colocar toda ênfase do mundo nos comentários que faço a respeito dos muitos livros que leio desde sempre, e mais ainda depois de abrir a Locadora, pego a Nora Roberts que nesta série usa o codinome J.D.Robbins para Cristo e digo: essa série MORTAL já está desgastada!

Mas está nada! Eu é que sou muito insuportável acho. Tem sempre associado me perguntando se já saiu mais um volume.

Para quem nem sabe do que estou dizendo vale dar uma ideia do que ela trata nos livros da série.
Eve Dallas é o nome da protagonista. Ela é uma detetive durona, mas logo vamos descobrir que a moça teve uma infância horrorosa, com um pai abusivo, e mesmo seu nome EVE foi dado pelas enfermeiras que a atenderam na noite em que seu pai foi assassinado. O sobrenome DALLAS fica por conta da cidade onde ela inicialmente viveu. Ao crescer ela se torna então uma defensora da ordem.

E como a nossa NORA ROBERTS, mesmo usando outro nome, é uma escritora de romances; logo Eve Dallas encontra seu par perfeito Rourke (um irlandês indescritível, que teve uma infância tão pobre e ruim quanto a dela, e por isso compreende todas as suas muitas esquisitices.

Quando digo, indescritível é porque não consigo imaginar um homem mais perfeito: rico, (dono de quase todo o planeta Terra e de alguns outros negócios em outros planetas do sistema Solar) bonito, sexy, sensual, apaixonadíssimo por ela, enfim: um escândalo.

O primeiro volume se chama NUDEZ MORTAL, e já estamos aí no 13º: SEDUÇÃO MORTAL. E, enquanto Eve segue desvendando os vários crimes que acontecem numa Nova York do futuro, vamos nos aprofundando também na história da detetive e do milionário.

Pois bem, eu posso reclamar da autora, dizer que os livros já estão ficando cansativo, mas temos de concordar: ela pelo menos os escreveu não é mesmo? E mais; foi e é uma das autoras mais publicadas atualmente.



sábado, 22 de maio de 2010

A LISTA DO LEITOR APAIXONADO

O autor é Michael Dirda. Em suas 350 páginas, você não encontrará Cervantes.

Nem Shakespeare. Nem Machado de Assis. Quer dizer, consultando o índice onomástico, descobre-se que Cervantes é citado duas vezes e Dom Quixote uma; Shakespeare faz 10 rápidas aparições em cena; e Machado é coadjuvante no verbete dedicado às obras de Eça de Queiroz, mas isto só se sabe lendo a página 249 porque o índice não remete ao nome dele.
No entanto, autores extraordinários – a maioria esmagadora de língua inglesa – são analisados nos ensaios que dão corpo ao livro. 
Alguns mais, outros menos conhecidos; todos com o dom de divertir: Jaroslav Hasek, S. J. Perelman; E.T. A. Hoffmann, E. Nesbit, Mary Shelley, Sheridan Le Fanu, Bram Stoker, M. R. James, H. P. Lovecraft, Isak Dinesen, Elizabeth Gaskell, H. Rider Haggard, Conan Doyle, Rudyard Kipling, H. G. Wells, G. K. Chesterton, Agatha Christie, Dashiell Hammett, Philip K. Dick.
A presença de nomes menos canônicos tem lá sua justificativa. O prazer de ler os clássicos é, de certa forma, o terceiro volume de uma série.
Crítico do Washington Post Book World, Michael Dirda publicou dois livros semelhantes – Bound to please e Readings, ambos não traduzidos no Brasil – nos quais aborda nomes mais cabeçudos.

Neste, o autor quis desmentir o lugar comum segundo o qual clássicos são difíceis, herméticos, enfadonhos. Conseguiu, ao compor uma lista de leitor apaixonado. Basta ler o que ele diz sobre Mary Shelley, criadora de Frankenstein: “Talvez seja melhor abordar o livro prestando atenção aos temas que ele suscita: a constante interconexão entre o sexo, o nascimento e a morte; a semelhança entre o monstro e o criador; o conflito entre a bondade instintiva e a criação social do criminoso; a capacidade da natureza de abrandar e civilizar; a busca do homem por empatia espiritual e amor”.

Entre tantas eleições afetivas, o ensaio sobre S. J. Perelman, o humorista americano e corroteirista de alguns dos melhores filmes dos Irmãos Marx, é exemplar. Para início de conversa, o crítico é o primeiro a reconhecer que o estilo de Peralman está bastante datado – e é nisso que reside sua graça: “Do mesmo modo como os contos de Sherlock Holmes evocam a cidade de Londres iluminada a gás com seu fog e seus cabriolés, o humor de Perelman, cheio de alusões a revistas e gírias antigas, estrelas de cinema e restaurantes esquecidos, transporta o leitor para o lado inocente e colorido da década de 30. O estilo enérgico e excêntrico é tão simbólico desse período quando Cole Porter”.
O capítulo sobre Sheridan Le Fanu, o genial criador de Carmilla, é especialmente recomendado para autores das novas gerações às voltas com vampiros, zumbis, lobisomens e quejandos. O recado subliminar é claro: aprendam a fazer ou deixem de pretensão. O irlandês Le Fanu escreveu as melhores histórias sobrenaturais do século 19. Michael Dirda explica por quê: “Sua estrutura narrativa predileta – na qual a ação da história dá-se em geral no passado, sendo depois relatada por uma testemunha ou informante até cair por fim nas mãos do narrador – além de proporcionar credibilidade, causava a suspensão da incredulidade. Le Fanu não quer afirmar a verdade do fantástico, ele simplesmente relata o que lhe disseram”.
 De lambuja, o crítico revela que um t hriller de Le Fanu, The house by the churchyard, provocou tanta admiração no paisano James Joyce que ele se baseou no livro para desenvolver alguns aspectos do Finnegans Wake.
 Eis o busílis: os escritores que, nulos de talento, hoje perdem seu tempo – e enchem nossa paciência – escrevendo entretenimentos, fariam melhor se se dedicassem a obras experimentais.
 O O prazer de ler os clássicos Michael Dirda. Trad: Rodrigo Neves WMF Martins Fontes. 350 páginas. R$ 65


reportagem de Alvaro Costa e Silva, publicada no Jornal do Brasil em 22 de Maio de 2010

sábado, 15 de maio de 2010

PACIENTE 67

Preconceitos...

Existem alguns escritores que "amamos de paixão" e por conta disto, temos o hábito de procurar avidamente seus livros ... e apenas seus livros.

Mês passado, resolvi inovar e permiti que Iracema escolhesse um livro para eu ler. Na realidade, eu não estava com muita vontade de ficar navegando no site da locadora em busca de um título que me agradasse.

Iracema então escolheu um autor que eu jamais tinha lido, Denis Lehande. Ela me enviou o "Paciente 67". Demorei quase quinze dias para pegar no livro, ficava olhando para ele com aquela vontade de trocar sem ao menos ler as primeiras páginas.
Achei isso uma grande bobagem, afinal eu tinha pedido para ela escolher um livro!!!

(Denis Lehande)


Meus amigos...
Depois de passadas as primeiras páginas, não consegui mais soltar o livro.
O enredo é envolvente demais, um suspense muito bem escrito, que prende totalmente a nossa atenção.
Vamos ficando ansiosos para saber do destino de nosso protagonista, um delegado federal que serviu na guerra e que foi em uma missão no Hospital psiquiátrico Ashecliffe, que abriga assassinos psicóticos.
O final é supreendente, fora de tudo aquilo que pensaríamos que acontecesse, mas cujas pequenas pistas foram jogadas durante todo o livro.
Para voces sentirem como é a trama, as últimas páginas do livro foram lidas durante meu horário de trabalho, simplesmente porque nao consegui largar até ler a última palavra do livro.
Nesta segunda Billy já vem trazer outro suspense deste autor- Sobre Meninos e Lobos, que se for como o primeiro, será devorado em uma semana!
Para quem gosta, assim como eu, de ler um triller muito bem feito, não deixe de ler "Paciente 67".
Aproveite que estou devolvendo segunda!
Um abraço a todos
Até a próxima!!!

RoPertile