sexta-feira, 18 de junho de 2010

Acabo de saber que morreu José Saramago



Na TV só se fala em Copa do Mundo, mas em algum momento, num intervalo qualquer, ouve-se no meio da alegria da bola sobre a morte de José Saramago.
E dentro de mim fica uma tristeza grande. Gosto demais dos escritores portugueses em geral, dele especialmente. Começou na faculdade quando uma professora maravilhosa me apresentou MEMORIAL DO CONVENTO, mas antes mesmo que o lêssemos ela nos deu uma prévia do que encontraríamos, e havia tanta paixão no que ela contava que ao pegar o livro foi mais que bom. E eis que me tornei cativa do autor. Gosto de tudo que escreveu. Até mesmo naquela forma de teatro do IN NOMINE DEI. E agradeço demais a você Lucy Ruas que me levou até ele.

O Milton Nascimento canta uma canção onde ele diz: "Certas canções que ouço, cabem tão dentro de mim, que perguntar carece: como não fui eu que fiz...". E é bem assim que eu me sinto quando leio Saramago.

E agora acabou. Quem sabe seus editores ainda têm algo novo para nos dar, mas ainda que não aconteça, dá uma enorme vontade de ler tudo outra vez.
Que haja um lugar bem legal onde você possa encontrar por lá outros fantásticos como você como Fernando Namora, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Sophia de Mello Breyner, e outros tantos que eu também gosto tanto.

E pela imensa impossibilidade de escrever bem ou bonito eu vou ficando por aqui, mas não podia deixar de dizer que hoje, para mim, é um dia bem triste. Esteja em paz Saramago.
Creio que todos deviam ler: A CAVERNA
O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS
O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO
AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE
LEVANTADO DO CHÃO.
E há outros tantos. Mas realmente não importa, cada um deles vale ser lido e relido, e acho mesmo que este é um bom momento de voltar a você meu amigo, que nunca deixou de me fazer companhia.