VELHO CEGO, choravas quando tua vida era
boa, quando possuías nos teus olhos o sol:
Mas se o silencio já chegou, o que é que esperas,
O que é que esperas, cego, desta maior dor?
Em teu rincão pareces menino nascido
Sem os pés para a terra, sem olhos para o mar
E como os animais dentro da noite cega
- sem dia e sem crepúsculo - cansas de esperar.
Porque se conheces o caminho que leva
Em dois ou três minutos para a vida nova,
Velho cego, o que esperas, que podes esperar?
E se pela amargura mais dura e destino,
animal velho e cego sem caminho e tino
eu que tenho dois olhos saberei te ensinar
(Pablo Neruda, do livro Crepusculário)
Rosângela achei demais a transformação que fez no blog. Obrigada todos os dias.
ResponderExcluirMAGNIFÍCO, SOU FÃ INCONDICIONAL DESSE MAGNIFICO ESCRITOR CHILENO, PARABÉNS PELA ESCOLHA DO TEXTO, ABRAÇOS SUCESSO!!!!!!! *-*
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