segunda-feira, 27 de agosto de 2012

27/08/2012- DIA DO PSICÓLOGO

Sou uma criatura complicada, poucas pessoas percebem, afinal falo demais, dando a impressão de que tiro a vida de letra. Não é verdade. O mais das vezes olho à minha volta e acho tudo muito complicado, mil vezes me pergunto por que é tudo tão difícil?
E descobrindo que hoje é dia do psicólogo, achei que devia dizer obrigada às psicólogas que já me ajudaram, e que certamente ainda me ajudarão a entender, a seguir em frente, a descobrir que mesmo quando a vida parece bem difícil de carregar, sempre posso lembrar-me delas e com isso ficar mais uma vez animadinha  com a certeza de que não estou só.
Na verdade estou aqui para dizer sobre os livros que li e quem sabe levar outras pessoas que um dia, sabe-se lá quando, passarem por aqui, a se interessarem por eles, por isso hoje escolhi o Dr. Irvin D.Yalom e seu livro OS DESAFIOS DA TERAPIA para indicar àquelas pessoas que ainda têm tanta resistência de dividir o que incomoda com estas pessoas que nos escutam com tanto carinho.
Neste livro, que serve para todos, pacientes e terapeutas vemos Yalom dizendo inicialmente sobre ele mesmo, sobre há quanto tempo atende pessoas, sobre o envelhecimento e sua preocupação a respeito. Ele nos diz que seus pacientes não o deixam esquecer-se de que está envelhecendo, e de certa maneira ele pensa na morte e numa forma de deixar alguma coisa às gerações futuras de terapeutas. Há uma clara preocupação com o “onde é que isso vai parar?”, afinal os psicólogos clínicos enfrentam as pressões financeiras que muitas vezes os obrigam a enveredar por caminhos que talvez não quisessem escolher, afinal os planos de saúde não reembolsam grandes gastos com terapia, e por vezes eles são obrigados a se desviarem, optando por uma terapia breve e desta forma reembolsável. Mas ele tem fé de que todo este medo não se materialize,  e que os psicólogos continuem com o seu compromisso com a terapia pelo tanto que amam a profissão e com os motivos que os levam a optarem por ela.
O autor tem uma cultura geral muito vasta, e lê-lo é mais do que saber sobre terapia e terapeutas. Ele nos remete a vários autores como Rainer Maria Rilke (Cartas a Um Jovem Poeta),  a Karen Horney uma autora que os jovens terapeutas podem não conhecer, volta a Schopenhauer, e Hermann Hesse, enfim, dá uma vontade de ler ou de reler todos aqueles aos quais ele se refere.
E o autor segue orientando os terapeutas, mostrando aos pacientes o quanto eles são importantes para ele, para eles.
Hoje então, dia do psicólogo para você Luciana, e para você Priscilla que talvez nunca leiam isto eu deixo um beijo e o meu maior agradecimento pelo carinho que sempre tiveram comigo e com os meus pequenos e grandes demônios.

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