terça-feira, 25 de setembro de 2012

EESPANCANDO A EMPREGADA - ROBERT COOVER

Pois é, soube ontem que "Falsa Submissão" havia sido reeditado com uma nova capa, inclusive mais bonita, mais chique. Fui para casa acabando de ler para poder colocar no acervo o "Cinquenta Tons Mais Escuros". O povo quer continuar a história.
Será que entramos agora, assim como com os vampiros, na temporada do erotismo. Será que vamos ter muitas trilogias eróticas até que mude a moda? Quantos outros autores publicarão sobre o mesmo assunto? A Editora Paralela lança um concurso de conto erótico, enfim, está me parecendo que sexo (com um tom mais pesado) está no ar. E eis que lembrei de um livro de 1989, de um autor que eu acho que poucos conhecem: Robert Coover. Ao menos para causar escândalo vou deixar aqui um resumo do livro. Quem sabe uma das três pessoas que vêm até aqui dar uma olhadinha se anima a lê-lo. A moda está aí de novo, e este pega mesmo mais pesado que os outros.

O livro se passa num tempo meio indefinido, não dá muito para saber se estamos no tempo presente, mas todas as manhãs a empregada entra no quarto de seu patrão com o objetivo de limpá-lo. Ela carrega todo o material necessário para a limpeza e é observada por ele que sempre encontra alguma falha nos gestos da moça, ele é capaz de ver a menor imprecisão e, em nome da lei e da ordem, a empregada está prestes a ser espancada.
"tanto a empregada como o patrão estão presos num ritual cotidiano no qual surgem relatos recorrentes de sonho, ideias torturantes de purificação e a descoberta de objetos estranhos e ameaçadores. Não há como fugir do laço que escraviza estas duas personagens sem nome que, por isso mesmo, representam o lado escuro de cada um de nós.
De repetição em repetição, ESPANCANDO A EMPREGADA, nos leva a uma zona crepuscular e indefinida, verdadeira encruzilhada dos ciclos da vida e de morte, da criação e da destruição, da busca paradoxal do amor através do ultraje e da profanação. Os papeis e a norma são radicalmente invertidos nesta obra que celebra o poder da criação literária. O autor nos traz as lições de abismo que assombram a tradição literária do Marques de Sade e de Sacher-Masoch."

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