segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Cinquenta Tons de Cinza... de novo...

Quando postei um comentário sobre o livro estava começando a lê-lo, agora, já quase no final, e depois de conversar um tanto com a minha amiga Deborah, ela me remeteu à História de Ó, disse-me que a autora pareceu criar seu livro meio que com base neste clássico da Literatura Erótica. A partir dali, recomecei a leitura tentando lembrar-me do livro. Escrito  por Anne Decloss, sob o pseudônimo de Pauline Reage, conta a história de uma fotógrafa de moda que decide entregar-se, sem reservas a seu amante, que a conduz a Roissy, um castelo isolado onde outras mulheres, como ela também aprendem a submeter-se. Lá, Ó é treinada para ser a mulher que seu homem deseja. Lá, ela é chicoteada, amarrada e aprende a estar disponível para seu amante, sempre segundo a vontade dele, mas  durante todo o tempo é como se ela soubesse que ainda detém um enorme poder sobre ele. Após o treinamento, seu amante a “empresta” a um outro dominador, Sir Stephen, ainda mais cruel que seu amante,e acaba por apaixonar-se por ele, tornando-se então completamente submissa aos seus desejos.
Mas retornando aos CINQUENTA TONS DE CINZA  , encontramos um dominador muitíssimo jovem, milionário, Christian Grey, que resolve fazer de nossa heroína uma submissa. O romance não é de todo ruim, mas eu, particularmente, não consigo pensar num dominador tão jovem, sabe-se lá porque, imagino que um dominador deveria ser mais maduro. A heroína é virgem, seu primeiro contato sexual é com o jovem Christian, tendo sido ele mesmo iniciado sexualmente como um submisso por uma mulher mais velha. Há alguns argumentos meio descosturados: ele é adotivo, mas lá pelas tantas, ao conhecer a família do moço, Anastasia diz que ele se parece com o pai, ele é fechado como uma ostra, e atribui essa introspecção ao fato de ter sido maltratado enquanto era criança, mas a família parece adorá-lo, tem irmãos que também o amam, enfim, o rapaz me passa uma impressão engraçada de “rebelde sem causa”, e muito bem sucedido.
Este volume já está no final, ainda faltarão mais dois, um deles saindo agora em 12 de setembro: CINQUENTA TONS MAIS ESCUROS, e eu me pergunto aonde isso vai dar? Não é um mal livro, não deve ser, afinal está em primeiro lugar  em todas as listas de mais vendidos, mas ainda não me convenceu.
Eu, particularmente acho que estas relações não são feitas por contratos, como ele pretende.  As relações de submissão acontecem, o movimento chega sem que possamos dominá-lo, quando damos por nós, a história já está acontecendo e já estamos enredados nesta teia.


Bem, seguirei lendo e pediria às pessoas que o lerem que me ajudem, que dêem sua opinião,sobre para ver se estou pedindo muito.

4 comentários:

  1. Bom, não é o tipo de história que me agrade, parece aqueles romances "Sabrina" pós-modernos.
    Mas enfim! é campeão de vendas, fazer o que??? rsrsrs
    Sigo firme e forte com meu Ulisses :)
    bjs

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    1. Há que ser firme e forte mesmo porque o livro é duro!!! Saudade.

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  2. Ai, Iracema, apesar das minhas críticas, todas centradas no marketing que foi feito do livro, eu gostei. Gostei porque vi outro livro além daquele que as editoras (a americana e a brasileira) quiseram vender. Tô com preguiça de escrever tudo de novo. Minha opinião já está toda escritinha. É só clicar neste link: http://on.fb.me/O0JI1E . Vc não se importa, né?

    Beijos mil da sua Deborah.

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    1. Eu já copiei até o seu link para dentro do blog, ou acho que fiz isso rsrsrsr... há muito o que aprender. Adorei você ter dito sobre o comportamento da Ana, e do estranhíssimo Grey que é um sujeito, no mínimo, confuso.

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