Quando postei um comentário sobre o livro estava começando a
lê-lo, agora, já quase no final, e depois de conversar um tanto com a minha
amiga Deborah, ela me remeteu à História de Ó, disse-me que a autora pareceu
criar seu livro meio que com base neste clássico da Literatura Erótica. A
partir dali, recomecei a leitura tentando lembrar-me do livro. Escrito por Anne Decloss, sob o pseudônimo de Pauline
Reage, conta a história de uma fotógrafa de moda que decide entregar-se, sem
reservas a seu amante, que a conduz a Roissy, um castelo isolado onde outras
mulheres, como ela também aprendem a submeter-se. Lá, Ó é treinada para ser a
mulher que seu homem deseja. Lá, ela é chicoteada, amarrada e aprende a estar
disponível para seu amante, sempre segundo a vontade dele, mas durante todo o tempo é como se ela soubesse
que ainda detém um enorme poder sobre ele. Após o treinamento, seu amante a “empresta”
a um outro dominador, Sir Stephen, ainda mais cruel que seu amante,e acaba por
apaixonar-se por ele, tornando-se então completamente submissa aos seus
desejos.
Mas retornando aos CINQUENTA TONS DE CINZA , encontramos um dominador muitíssimo jovem,
milionário, Christian Grey, que resolve fazer de nossa heroína uma submissa. O
romance não é de todo ruim, mas eu, particularmente, não consigo pensar num
dominador tão jovem, sabe-se lá porque, imagino que um dominador deveria ser
mais maduro. A heroína é virgem, seu primeiro contato sexual é com o jovem
Christian, tendo sido ele mesmo iniciado sexualmente como um submisso por uma
mulher mais velha. Há alguns argumentos meio descosturados: ele é adotivo, mas
lá pelas tantas, ao conhecer a família do moço, Anastasia diz que ele se parece
com o pai, ele é fechado como uma ostra, e atribui essa introspecção ao fato de
ter sido maltratado enquanto era criança, mas a família parece adorá-lo, tem
irmãos que também o amam, enfim, o rapaz me passa uma impressão engraçada de “rebelde
sem causa”, e muito bem sucedido.
Este volume já está no final, ainda faltarão mais dois, um
deles saindo agora em 12 de setembro: CINQUENTA TONS MAIS ESCUROS, e eu me
pergunto aonde isso vai dar? Não é um mal livro, não deve ser, afinal está em
primeiro lugar em todas as listas de
mais vendidos, mas ainda não me convenceu.
Eu, particularmente acho que estas relações não são feitas
por contratos, como ele pretende. As
relações de submissão acontecem, o movimento chega sem que possamos dominá-lo,
quando damos por nós, a história já está acontecendo e já estamos enredados
nesta teia.
Bem, seguirei lendo e pediria às pessoas que o lerem que me
ajudem, que dêem sua opinião,sobre para ver se estou pedindo muito.
Bom, não é o tipo de história que me agrade, parece aqueles romances "Sabrina" pós-modernos.
ResponderExcluirMas enfim! é campeão de vendas, fazer o que??? rsrsrs
Sigo firme e forte com meu Ulisses :)
bjs
Há que ser firme e forte mesmo porque o livro é duro!!! Saudade.
ExcluirAi, Iracema, apesar das minhas críticas, todas centradas no marketing que foi feito do livro, eu gostei. Gostei porque vi outro livro além daquele que as editoras (a americana e a brasileira) quiseram vender. Tô com preguiça de escrever tudo de novo. Minha opinião já está toda escritinha. É só clicar neste link: http://on.fb.me/O0JI1E . Vc não se importa, né?
ResponderExcluirBeijos mil da sua Deborah.
Eu já copiei até o seu link para dentro do blog, ou acho que fiz isso rsrsrsr... há muito o que aprender. Adorei você ter dito sobre o comportamento da Ana, e do estranhíssimo Grey que é um sujeito, no mínimo, confuso.
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